quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"E se você teve a dádiva de encontrar um parceiro, agradeça. Não deixe de agradecer uma noite sequer quando estiver dormindo no peito dele, ganhando aquele carinho que só se materializa quando é oriundo de um amor de verdade. Você ganhou um presente que muitos passam a vida toda sem sequer imaginar a cor do pacote. O tempo de duração aqui passa a ser secundário – parcerias nem sempre duram pra sempre, mas, como em praticamente tudo na vida, mais vale a intensidade do que a duração. Melhor ter um parceiro de verdade por um mês, do que um sugador de energia durante a vida toda. O tempo é relativo – dura o quanto fazemos durar. E aí, voltamos a dizer: prefira a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia."

via Casal Sem Vergonha 

Experiências de Vida

Até que ponto o ser humano consegue perdoar? Ignorar? Esquecer?
Cresci ouvindo sobre a confiança ser um vaso de cristal fino, que deve ser muito bem cuidado e guardado, pois qualquer lasca poderia estragá-lo, inutilizá-lo, fazê-lo um monte de pequenos cacos de nada.
Também, não nego que, vivenciei o medo da entrega, o medo da solidão (como diria Maria Gadú) de ser só dois. 
Contudo, a caixa de pandora foi aberta, o inimaginável tornou-se real e a decepção me envolveu em seu manto gelado e escuro. Nada mais queria, nada mais acreditaria. Um lema abandonado segundos após explicações, reflexões, permissões, ações e do palpitar de dois corações.
Se já disseram que o amor não tem explicação, a maior prova veio a ser naquilo que se chama viver.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Is This Love, That I'am Feeling!

        Parece bobeira falar de amor, porque a sociedade atual assim nos moldou. O que ninguém nunca fala é que esse molde sim é o falido; que as juras eternas ainda aparecem, mesmo que sutis, por exemplo, no abdicar do futebol pra ver um filme mela-cueca ou almoçar com a família. 
        Os príncipes encantados é que são mera ficção científica, comédia romântica ou infanto-juvenil. As mulheres de verdade não se apaixonam por esses estereótipos do cavalheiro "don-juanesco" que vem galopando no cavalo branco. Nós gostamos dos sapos com atitude, com vontade e entusiasmo. 
        E a admiração vai bem além da possibilidade do cara ser bonito e galanteador. A essência do libido é uma mistura de ser bem resolvido, verdadeiro e sonhar. Porque o que realmente queremos é ver olhos brilhando junto com os nossos, queremos a intensidade do vir-a-ser tudo o que queremos e ter ainda mais - ter alguém que te acrescenta pra poder compartilhar!
        

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Queria que algumas pessoas que tentam afetar gente que eu gosto tivessem o mínimo de carinho, atenção, amor (dos outros e principalmente o próprio) e noção.
Você que critica o outro não se torna melhor por isso, ninguém é melhor que ninguém. O que diferencia as pessoas de seres intragáveis vão bem mais além do que características físicas ou ilusórias aparências. 
CARÁTER, tá ai um diferencial que nunca vão ter.
Dado o recado. Afastando esses seres dignos de dó da minha vida.
Que Deus tenha piedade de vocês e coloque LUZ nos seus caminhos.

Oração




Hoje não vou agradecer, a não ser pela oportunidade de saber quando erro e poder me redimir.
Peço desculpas a todos que algum dia pude ter magoado, pelas brigas bobas, pelas palavras inúteis, pelo riso travado, pela ausência.
Mas, principalmente, peço o perdão ao universo e seu regente, por ignorar situações, por ignorar opiniões de pessoas que querem o meu bem, por ignorar a ignorância do outro.
Que as boas energias dos meus caminhos se multipliquem e se espalhem pelos caminhos dos amigos e dos outros, amém! :)

domingo, 23 de setembro de 2012

Ying Yang

Equilíbrio. Lei universal, mundial, social, grupal, relacional, setorial, individual.
Confusa, caótica, estereotipada, metódica, complicada, emblemática.
Libra, balança, surf, ponto de centro gravitacional, homeostase.
E, ainda assim, base.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Raiar de Outro Dia

    Saio da ducha refrescante, penteio os cabelos ainda molhados (indo contra uma tendência feminina de se preocupar com os fios quebrados que aparecerão) e visto o shorts do pijama por cima de gotas geladas que escorrem em minhas costas.
    Ainda apreciando esta sensação, sinto seu toque quente e aveludado, deslizando do meu ombro ao meu joelho em tal sincronia 'tchaikovskiana'. O sorriso que o segue é mero reflexo de uma paixão antiga e lapidada.
    Orbitando em seu eixo, eu fico. Envolta por um magnetismo que nem gravidade explica, entrego-me às suas instabilidades e às suas nocividades.
    No entanto, chega a Lua, e sei que é hora de partir. A brisa gélida toma o lugar do bafo quente de sua presença. Então pego um cobertor e prolongo, em uma ilusão psicológica, o conforto do seu abraço - que só voltará no raiar do outro dia.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fluxo Matinal

Indagações intermináveis, questionamentos insustentáveis, falta do prazer simplista e decadente.
São estes os terríveis monstros que habitam a minha mente há algum tempo. Ora se afastam por intermédio de linhas tênues, porém firmes, do auxílio alheio, ora se propagam infinitamente em um vácuo universal.
Um adorno, um carinho e uma gargalhada estridente. O choro contido; o molde falido da hipocrisia das máscaras.
Impotência vertical e ascendente que reside em mim, mero ser humano, dentre tantas espécies, entre tantas galáxias.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ai, que medo...

E já faz tempo que esse sentimento é ícone e marca presença.
E quantas vezes não deu pra dormir porque os sonhos se enrolavam num fluxo gritante e vinham me despertar?
E eu busquei, sim, em outros corpos, em outras ideias, em outros planos conjuntos, um pouco dos reflexos que só os seus espelhos iam me mostrar...
Mas a cada dia que passa, consigo ver uma nova perspectiva, um futuro inimaginável, uma nova miragem, também, confesso!
Então, nas orações, e nas taças sujas de vinho branco, me deito e aproveito um colo materno e reconfortante que me permita deixar o passado e aguardar o futuro, no embalo do presente.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Changes Are Coming

      E não há mais o que se fazer.
      O vazio alternado com dor vem em gradação crescente de adjetivos.
      As indagações cercam os pensamentos e proíbem quaisquer que sejam as felicidades. 
      Se estas dizem que vieram pra ficar, a depressão derruba em argumentos convincentes de uma advogada da babaquice-baixo-astral.
      Em contraponto, se diz que não se demora, pois o táxi lhe aguarda na rua, a melancolia trata de varrer a poeira efêmera do bem estar.
      Mas em algum lugar, nesse ego destruído, ainda há uma autodefesa inata que se manifesta como uma cobra venenosa zelando pelo seu viver. 
      Então, chega a atitude defensiva de tentar voltar a ser, mesmo que não se saiba exatamente quem; ou o que.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Começo do Fim

      Estou tão cansada de tudo que acontece na minha vida.
      Tão desanimada pelo sem sal que vem tomado proporções absurdas no cotidiano...
      Queria poder inovar, em todos os setores. Essa mesmice pastelão me embrulha o estômago, me deixa doente aos poucos até me derrubar de vez.
      E eu já fui derrubada de vez. E eu não quero mais sentir isso. Não mesmo!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Acordes (Im)perfeitos.

    Revivi seus acordes no anel simbólico que você me deu.
    Deixei a lágrima rolar, porque a dor faz música. E quem sabe você consiga me ouvir?!
    Coloquei pra tocar aquele CD que você prometeu ser pra sempre; invencível.
    Mas tudo bem... Eu sei que palavras o vento levou e que as atitudes são as marcas que você deixou dentro de mim, ainda que num saudosismo masoquista das palhetas e do adeus que você nunca veio me dar.

sábado, 26 de maio de 2012

Ressaca

Me perco nas curvas do seu moletom.
No aroma dos cordões do seu casaco, me embebedo.
Nos seus beijos me dispo e mergulho nua de conceitos, como se cada toque dos nossos lábios fossem os primeiros a existirem.
E me embrulha o estômago, no amanhecer, saber que nada sei.
No entanto, sigo, pois a abstinência me faz convulsiva em tremores e espasmos físicos e mentais.
Tateio o breu, as imagens distorcidas provindas do exterior da Caverna. E, cambaleando, vou me entorpecendo dos seus pequenos olhos e da rubosidade de suas bochechas.
Inicia-se a alteração das percepções, colocando você em primeiro plano e retirando exatidões e equilíbrio físico.
Os impulsos nervosos são deixados de lado. E, entre o calor de um tequila e a fumaça de um cigarro, perco a sobriedade.
Mais uma noite. Mais uma rodada.



   -  Para vencer!
   -  A luta sequer existiu...
   -  Então, brindemos!

domingo, 20 de maio de 2012

Casinha de Sapê

Vivendo em uma floresta desconhecida, provando dos mais variados néctares existentes.
Qual será o desfecho deste conto? Não posso imaginar. Mas o novo me fascina.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quando Quer Sem Querer

     Amor, por mais que eu queira te querer sem medo, quero mais meu bem estar do que este efêmero querer estar ao seu lado.
     Um querer instável, sem saber se o querer é recíproco ou sem saber se este querer quer ser solidificado e atrelado ao mais intenso jeito de querer: que é amar e amado ser, dá medo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cobertor de Solteira

      E no meio do deserto, coberta até a altura dos cílios, apreciava o tremor gélido que percorria minhas veias e afetava minha circulação.
     O que era isso? Medo. Sendo este, apenas, em perder algo que sequer fora meu.
     Triste fim de um alegre começo.
     Como tudo deve ser: natural e efêmero.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Palavras ao vento

      A boa articulação com palavras me foi cedida desde pequena, e foi aceita de muito bom grado. Mas no meio destes dezenove anos de vida pude notar, na ignorância de autoconhecer tardiamente o meu íntimo, que melhor me expresso quando intensamente sinto ou vivo situações do amor.
    Sonhar com você, definitivamente me faz pensar em coisas que já não são benéficas em um contexto geral dentro do meu organismo ou do seu orgulho.
    Deixemos as melancolias e as "melosidades" de lado e enfatizemos uma sábia frase proferida por ti: às vezes temos medo de mudar, mas a melhora que o segue; a efetiva e sedutora melhora que acontece, de fato, é válida.
    Já se foi o tempo de chorar (mesmo que ainda chore). E junto se foi o tempo de resolver (mesmo que ainda criem-se estratégias para mudar o que já se foi). E, contudo, não deixei que saísse dos meus pensamentos.
    Mas os requisitos, hoje, são outros. E venho por meio desta, apenas, me despedir.
    À você, desejo, a felicidade que houver no mundo e um caminho de sucessos e realizações pessoais e profissionais. 
    À mim, o mesmo. E um pouco de cuidado e de carinho que, circunstancialmente, virão de outras mãos.

domingo, 8 de abril de 2012

Que dificuldade me aparece, na casualidade de uma garoa no fim do dia, pra esquecer da saudade que ainda não se foi completamente.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sobre a Nossa Educação

O declínio no número de jovens que leêm deve-se a uma somatória de fatos, como, por exemplo, o pouco estímulo oferecido no ambiente familiar e aos novos meios de comunicação (que sugerem apenas uma leitura em busca de informação de caráter geral).
Na sociedade globalizada da atualidade, o indivíduo ocupa-se com a velocidade da informação, pouco enfatizando o seu conteúdo. Logo, a leitura que é menos exercitada só pode se afirmar verdadeira quanto ao processamento da informação, haja vista que as mídias vem oferecendo o saber digerido, visando a compreensão geral.
Para mudar a realidade na qual estamos inseridos, a leitura deveria passar da função meramente pedagógica para a prazeirosa, por intermédio de ações governamentais, culturais e sociais, nas quais, desde pequeno, o indivíduo fosse familiarizado com o univerdo das letras e das ideias e suas reflexões.
"De que forma referidas ações poderiam ser materializadas? Há interesse do governo no incremento de políticas que asseverem uma educação de qualidade para a "massa"?" - perguntaram.
Ao refletir sobre tais questionamentos levantados, deparei-me com a indagação de que, como dito popularmente, "o buraco está mais embaixo".
De nada adiantaria retificar a imagem refletida, se o espelho mantivesse deformidades.  Logo, para que as crianças sejam familiarizadas com o universo mencionado, seus mestres (e modelos psicosociais) deveriam primeiro passar por mudanças - haja vista os poucos recursos oferecidos, como cursos, palestras, extensões. É nesta fase que o governo interviria, em primeiro momento. Criando embasamento aos professores, que uma vez melhor preparados, potencializariam o desempenho em sala, devido ao seu maior domínio profissional (conhecimento do mundo acadêmico em aclive).
No entanto, nossa sociedade não está, somente, lidando e vivenciando um caos educacional. A corrupção, seja esta justificativa ilusória de dívidas externas ou camuflagem barata da falta de caráter de uns, é fator dominante.
Então, indago: a mudança não ocorre, por limitação ou por conivência?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Lembrar, porque...

Não aguento mais sonhar com você, lembrar do seu gosto, desejar o seu cheiro, clamar pelo seu toque, suplicar pelo seu olhar.
Quero os momentos felizes, apagar os incontáveis choros e reviver o eterno prazer de nossas conversas despreocupadas após o amor carnal.
Lembra? De quando abríamos a janela para que o vento das alturas nos esfriasse até tocarmos novamente o chão? De quando dormíamos abraçados com o travesseiro que tinha o cheiro do outro? Então, lembra, do 'eu te amo para sempre' ou do 'ninguém vai nos separar'?
Ah, essas comédias românticas da vida real e seu prazo de validade...
O final feliz existe, só que esquecem de nos mostrar que para se conhecer o príncipe encantado, antes, sem desacreditar na magia, temos que conviver com sapos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

E com o tempo, resolvem-se os problemas.
Nada melhor - e mais clichê - do que viver um dia após o outro. Mas e se o orvalho não viesse todas as noites, qual seria a graça do vapor ensolarado das manhãs?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pensamentos Desta Noite

Se me perguntarem se sinto vontade de acompanhar sua vida, já não sei mais o que responder. Uma estranha indiferença, peculiar até certo ponto, me faz desviar de suas curvas rumo a linha reta do meu futuro; me faz esquecer do que se foi.
Não! Não... Não quero dizer que o que foi vivido foi em vão. No entanto, o proveito disso tudo chega aos poucos, um entendimento aqui, uma ignorância acolá.
E foi bonito, foi diferente e foi estranho. Mas se souber que sua gargalhada estridente e espalhafatosa ocupou uma tarde inteira de lembranças, já fico satisfeita.
Contudo acabou. Eu superei o que parecia insuperável. E agora só desejo a você, o bom e o mau, o equilíbrio harmonioso dos pólos para que haja, nada mais, nada menos, do que, o bem-estar!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Então você descobre que aquele par de escovas-de-dentes guardados lado-a-lado não te causam mais nenhum efeito; Que o fim do seu dia não precisa ser com uma ligação melosa, cheia de eu te amo e eu te quero bem; Que no fim, o mais importante são as memórias, os bons momentos (e porque também não os maus?).
Engraçado como a gente aprende um pouco mais da gente com os outros, né? E com gente que nem imagina que está fazendo isso... Esse mistério do autoconhecimento...
Obrigada. Agradeço por tudo que me foi acrescentado, pelo tanto que cresci.
Desculpe. Sei o quanto fui difícil, o quanto sou difícil, mas é assim que eu me gosto, assim que me orgulho de ser. Uma pessoa maleável, mas com caráter formado e de essência moldada num rio de sentimentos e boas vontades.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Otimismo Para Branca de Neve (26/12)

Meu nome é Feliz, acredito que a minha mãe acertou quando o escolheu. Sou um carinha otimista e prefiro enxergar as coisas pelo melhor ângulo – um fato que irrita os Zangados de plantão.

Em casa somos sete e por casualidade montamos uma empresa de bartenders; agitamos as noites quentes de Era Uma Vez com a pirâmide de anões.

Certo dia, voltando de uma balada com os meus irmãos, ao chegar em casa, notamos algo de errado. O barulho do Messenger nos levou até a sala do computador; quem o deixou ligado?

Uma mulher alta, de cabelos negros repicados na altura do pescoço e lábios carnudos e vermelhos do mais puro Cherish da MAC, estava paralizada com um olhar borrado de rímel fixo na tela do notebook.

Ao perceber que não estava mais sozinha, a mulher se levantou, nos mostrando um belo par de curvas cobertos por um vestido azul marinho que deixava à mostra suas pernas tão necessitadas de um banho de Sol, e nos cumprimentou.
Mestre, o mais sábio entre nós, teve de nos mostrar fotos da família pra lembrarmos que Branca de Neve era nossa prima de terceiro grau. Por semelhança, jamais a aceitaríamos.

Ela estava triste e não queria sair de casa, culpa de suas expectativas frustradas espelhadas em comédias românticas que idealizavam um Príncipe Encantado. A linda mulher que ali estava tinha esquecido de se amar, só doava amor aos outros e não poupava a sua parte.

Algum tempo depois conseguimos convencer ela a vir com a gente pra balada na qual estávamos trabalhando. Ela estava limpa, adornada, perfumada. Subiu no seu Prada, estava tão linda, tão ela, tão insegura.

Dançamos, desfilamos, tentamos mostrar a ela sua beleza. Mas nenhum daqueles espelhos era suficiente pra fazer ela seguir em frente e abrir seus olhos pra imagem refletida neles.
Ela preferiu a bebida, pegou a tequila no bar e cantou com a Pitty sobre os trapézios no ar. Destruiu a Princesa e deixou vir à tona uma deusa desconhecida. Seduziu todos os homens da festa com uma dança que era só pra ela. Satisfez seus desejos mais bizarros enquanto a bebida borbulhava no sangue e nos nervos. Beijava um par de olhos azuis, depois um nariz fino e pontudo, e, de repente, deslizou até a morena de lábios carnudos e vermelhos no fundo do salão.

Não percebeu que tinha chegado ao fim, porque aquilo, pra ela, era só o começo. O início de um caso de amor que ninguém poderia colocar um fim. Ela se amou, deslizou seus dedos pelo seu corpo, descobriu-se para poder se revelar pro mundo.

E no dia seguinte, depois da ressaca, ela abriu o mais largo e sincero sorriso de um gozo que só uma mulher independente, segura e autoconfiante poderia mostrar.

04.01.2012

E chegou 2012. O ano do qual muitos têm medo por acreditar nas mitologias criadas por uma sociedade de consumo tão instável quanto as mudanças climáticas.
E não é disso que escolhi falar hoje. O pensamento está muito mais além; nas possibilidades oferecidas pelo novo e no medo que este gera em nós.
Ano Novo, vida nova. Já diria a minha bisavó. Será que há muito erro num clichê tão batido, tão mil novecentos e .... Não. A página escrita do ano que se foi dá margem à página em branco do novo que agora começa, do futuro, do amanhã.
Todos os dias são dias de ano novo, basta determinação e foco, basta fé, vontade e atitude. Mas e o medo? Basta esquecê-lo, aceitar-se e acreditar.
Como já diria Aristóteles, só haverá um novo ano, de novas histórias e novos cenários, se mudarmos nossos erros para acertos.
Então, que venha esse tal de fim do mundo, pois cada dia é singular, cada momento, uma dádiva. Cheers!