quinta-feira, 31 de maio de 2012

Acordes (Im)perfeitos.

    Revivi seus acordes no anel simbólico que você me deu.
    Deixei a lágrima rolar, porque a dor faz música. E quem sabe você consiga me ouvir?!
    Coloquei pra tocar aquele CD que você prometeu ser pra sempre; invencível.
    Mas tudo bem... Eu sei que palavras o vento levou e que as atitudes são as marcas que você deixou dentro de mim, ainda que num saudosismo masoquista das palhetas e do adeus que você nunca veio me dar.

sábado, 26 de maio de 2012

Ressaca

Me perco nas curvas do seu moletom.
No aroma dos cordões do seu casaco, me embebedo.
Nos seus beijos me dispo e mergulho nua de conceitos, como se cada toque dos nossos lábios fossem os primeiros a existirem.
E me embrulha o estômago, no amanhecer, saber que nada sei.
No entanto, sigo, pois a abstinência me faz convulsiva em tremores e espasmos físicos e mentais.
Tateio o breu, as imagens distorcidas provindas do exterior da Caverna. E, cambaleando, vou me entorpecendo dos seus pequenos olhos e da rubosidade de suas bochechas.
Inicia-se a alteração das percepções, colocando você em primeiro plano e retirando exatidões e equilíbrio físico.
Os impulsos nervosos são deixados de lado. E, entre o calor de um tequila e a fumaça de um cigarro, perco a sobriedade.
Mais uma noite. Mais uma rodada.



   -  Para vencer!
   -  A luta sequer existiu...
   -  Então, brindemos!

domingo, 20 de maio de 2012

Casinha de Sapê

Vivendo em uma floresta desconhecida, provando dos mais variados néctares existentes.
Qual será o desfecho deste conto? Não posso imaginar. Mas o novo me fascina.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quando Quer Sem Querer

     Amor, por mais que eu queira te querer sem medo, quero mais meu bem estar do que este efêmero querer estar ao seu lado.
     Um querer instável, sem saber se o querer é recíproco ou sem saber se este querer quer ser solidificado e atrelado ao mais intenso jeito de querer: que é amar e amado ser, dá medo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cobertor de Solteira

      E no meio do deserto, coberta até a altura dos cílios, apreciava o tremor gélido que percorria minhas veias e afetava minha circulação.
     O que era isso? Medo. Sendo este, apenas, em perder algo que sequer fora meu.
     Triste fim de um alegre começo.
     Como tudo deve ser: natural e efêmero.