sábado, 26 de maio de 2012

Ressaca

Me perco nas curvas do seu moletom.
No aroma dos cordões do seu casaco, me embebedo.
Nos seus beijos me dispo e mergulho nua de conceitos, como se cada toque dos nossos lábios fossem os primeiros a existirem.
E me embrulha o estômago, no amanhecer, saber que nada sei.
No entanto, sigo, pois a abstinência me faz convulsiva em tremores e espasmos físicos e mentais.
Tateio o breu, as imagens distorcidas provindas do exterior da Caverna. E, cambaleando, vou me entorpecendo dos seus pequenos olhos e da rubosidade de suas bochechas.
Inicia-se a alteração das percepções, colocando você em primeiro plano e retirando exatidões e equilíbrio físico.
Os impulsos nervosos são deixados de lado. E, entre o calor de um tequila e a fumaça de um cigarro, perco a sobriedade.
Mais uma noite. Mais uma rodada.



   -  Para vencer!
   -  A luta sequer existiu...
   -  Então, brindemos!

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