sexta-feira, 9 de março de 2012

Sobre a Nossa Educação

O declínio no número de jovens que leêm deve-se a uma somatória de fatos, como, por exemplo, o pouco estímulo oferecido no ambiente familiar e aos novos meios de comunicação (que sugerem apenas uma leitura em busca de informação de caráter geral).
Na sociedade globalizada da atualidade, o indivíduo ocupa-se com a velocidade da informação, pouco enfatizando o seu conteúdo. Logo, a leitura que é menos exercitada só pode se afirmar verdadeira quanto ao processamento da informação, haja vista que as mídias vem oferecendo o saber digerido, visando a compreensão geral.
Para mudar a realidade na qual estamos inseridos, a leitura deveria passar da função meramente pedagógica para a prazeirosa, por intermédio de ações governamentais, culturais e sociais, nas quais, desde pequeno, o indivíduo fosse familiarizado com o univerdo das letras e das ideias e suas reflexões.
"De que forma referidas ações poderiam ser materializadas? Há interesse do governo no incremento de políticas que asseverem uma educação de qualidade para a "massa"?" - perguntaram.
Ao refletir sobre tais questionamentos levantados, deparei-me com a indagação de que, como dito popularmente, "o buraco está mais embaixo".
De nada adiantaria retificar a imagem refletida, se o espelho mantivesse deformidades.  Logo, para que as crianças sejam familiarizadas com o universo mencionado, seus mestres (e modelos psicosociais) deveriam primeiro passar por mudanças - haja vista os poucos recursos oferecidos, como cursos, palestras, extensões. É nesta fase que o governo interviria, em primeiro momento. Criando embasamento aos professores, que uma vez melhor preparados, potencializariam o desempenho em sala, devido ao seu maior domínio profissional (conhecimento do mundo acadêmico em aclive).
No entanto, nossa sociedade não está, somente, lidando e vivenciando um caos educacional. A corrupção, seja esta justificativa ilusória de dívidas externas ou camuflagem barata da falta de caráter de uns, é fator dominante.
Então, indago: a mudança não ocorre, por limitação ou por conivência?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Lembrar, porque...

Não aguento mais sonhar com você, lembrar do seu gosto, desejar o seu cheiro, clamar pelo seu toque, suplicar pelo seu olhar.
Quero os momentos felizes, apagar os incontáveis choros e reviver o eterno prazer de nossas conversas despreocupadas após o amor carnal.
Lembra? De quando abríamos a janela para que o vento das alturas nos esfriasse até tocarmos novamente o chão? De quando dormíamos abraçados com o travesseiro que tinha o cheiro do outro? Então, lembra, do 'eu te amo para sempre' ou do 'ninguém vai nos separar'?
Ah, essas comédias românticas da vida real e seu prazo de validade...
O final feliz existe, só que esquecem de nos mostrar que para se conhecer o príncipe encantado, antes, sem desacreditar na magia, temos que conviver com sapos.