quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pensamentos Desta Noite

Se me perguntarem se sinto vontade de acompanhar sua vida, já não sei mais o que responder. Uma estranha indiferença, peculiar até certo ponto, me faz desviar de suas curvas rumo a linha reta do meu futuro; me faz esquecer do que se foi.
Não! Não... Não quero dizer que o que foi vivido foi em vão. No entanto, o proveito disso tudo chega aos poucos, um entendimento aqui, uma ignorância acolá.
E foi bonito, foi diferente e foi estranho. Mas se souber que sua gargalhada estridente e espalhafatosa ocupou uma tarde inteira de lembranças, já fico satisfeita.
Contudo acabou. Eu superei o que parecia insuperável. E agora só desejo a você, o bom e o mau, o equilíbrio harmonioso dos pólos para que haja, nada mais, nada menos, do que, o bem-estar!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Então você descobre que aquele par de escovas-de-dentes guardados lado-a-lado não te causam mais nenhum efeito; Que o fim do seu dia não precisa ser com uma ligação melosa, cheia de eu te amo e eu te quero bem; Que no fim, o mais importante são as memórias, os bons momentos (e porque também não os maus?).
Engraçado como a gente aprende um pouco mais da gente com os outros, né? E com gente que nem imagina que está fazendo isso... Esse mistério do autoconhecimento...
Obrigada. Agradeço por tudo que me foi acrescentado, pelo tanto que cresci.
Desculpe. Sei o quanto fui difícil, o quanto sou difícil, mas é assim que eu me gosto, assim que me orgulho de ser. Uma pessoa maleável, mas com caráter formado e de essência moldada num rio de sentimentos e boas vontades.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Otimismo Para Branca de Neve (26/12)

Meu nome é Feliz, acredito que a minha mãe acertou quando o escolheu. Sou um carinha otimista e prefiro enxergar as coisas pelo melhor ângulo – um fato que irrita os Zangados de plantão.

Em casa somos sete e por casualidade montamos uma empresa de bartenders; agitamos as noites quentes de Era Uma Vez com a pirâmide de anões.

Certo dia, voltando de uma balada com os meus irmãos, ao chegar em casa, notamos algo de errado. O barulho do Messenger nos levou até a sala do computador; quem o deixou ligado?

Uma mulher alta, de cabelos negros repicados na altura do pescoço e lábios carnudos e vermelhos do mais puro Cherish da MAC, estava paralizada com um olhar borrado de rímel fixo na tela do notebook.

Ao perceber que não estava mais sozinha, a mulher se levantou, nos mostrando um belo par de curvas cobertos por um vestido azul marinho que deixava à mostra suas pernas tão necessitadas de um banho de Sol, e nos cumprimentou.
Mestre, o mais sábio entre nós, teve de nos mostrar fotos da família pra lembrarmos que Branca de Neve era nossa prima de terceiro grau. Por semelhança, jamais a aceitaríamos.

Ela estava triste e não queria sair de casa, culpa de suas expectativas frustradas espelhadas em comédias românticas que idealizavam um Príncipe Encantado. A linda mulher que ali estava tinha esquecido de se amar, só doava amor aos outros e não poupava a sua parte.

Algum tempo depois conseguimos convencer ela a vir com a gente pra balada na qual estávamos trabalhando. Ela estava limpa, adornada, perfumada. Subiu no seu Prada, estava tão linda, tão ela, tão insegura.

Dançamos, desfilamos, tentamos mostrar a ela sua beleza. Mas nenhum daqueles espelhos era suficiente pra fazer ela seguir em frente e abrir seus olhos pra imagem refletida neles.
Ela preferiu a bebida, pegou a tequila no bar e cantou com a Pitty sobre os trapézios no ar. Destruiu a Princesa e deixou vir à tona uma deusa desconhecida. Seduziu todos os homens da festa com uma dança que era só pra ela. Satisfez seus desejos mais bizarros enquanto a bebida borbulhava no sangue e nos nervos. Beijava um par de olhos azuis, depois um nariz fino e pontudo, e, de repente, deslizou até a morena de lábios carnudos e vermelhos no fundo do salão.

Não percebeu que tinha chegado ao fim, porque aquilo, pra ela, era só o começo. O início de um caso de amor que ninguém poderia colocar um fim. Ela se amou, deslizou seus dedos pelo seu corpo, descobriu-se para poder se revelar pro mundo.

E no dia seguinte, depois da ressaca, ela abriu o mais largo e sincero sorriso de um gozo que só uma mulher independente, segura e autoconfiante poderia mostrar.

04.01.2012

E chegou 2012. O ano do qual muitos têm medo por acreditar nas mitologias criadas por uma sociedade de consumo tão instável quanto as mudanças climáticas.
E não é disso que escolhi falar hoje. O pensamento está muito mais além; nas possibilidades oferecidas pelo novo e no medo que este gera em nós.
Ano Novo, vida nova. Já diria a minha bisavó. Será que há muito erro num clichê tão batido, tão mil novecentos e .... Não. A página escrita do ano que se foi dá margem à página em branco do novo que agora começa, do futuro, do amanhã.
Todos os dias são dias de ano novo, basta determinação e foco, basta fé, vontade e atitude. Mas e o medo? Basta esquecê-lo, aceitar-se e acreditar.
Como já diria Aristóteles, só haverá um novo ano, de novas histórias e novos cenários, se mudarmos nossos erros para acertos.
Então, que venha esse tal de fim do mundo, pois cada dia é singular, cada momento, uma dádiva. Cheers!