quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Tristeza, decepção, vazio.
É assim que me sinto diante das palavras ocas que me proferiu.
Mas a culpa não é sua, nem sou ninguém para falar de culpa, mas se tiver que falar a assumo como minha. Por criar expectativas, por depositar responsabilidades nas mãos de quem não estava pedindo por nada mais do que o hoje.
Eu e minha terrível mania de planejar futuro, de me sentir transbordante pelo amor do outro.
No meio desta falta de atitudes, encontro a mais significativa: a falta de amor próprio; aquele que outrora prometi chamar de meu.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Não era uma casa, não era nada.

Não tinha teto, não tinha chão, não tinha parede, nem nada.
Mais uma vez os passos gravados na memória guiaram em piloto automático para um futuro desgostoso de 'não-saber'. Não saber o que se quer, o que se é, pra que saber.
Nem as palavras, usuais narcóticos libertadores, puderam livrar dos pudores do auto-coitadismo desmedido e da solidão infinita de buscar a si mesmo.
Contudo, em picos de imenso breu e feixes de um sol que vem (re)nascendo, engatinha-se rumo ao que sempre se soube; foi.